sábado, 5 de dezembro de 2009

Invasão Mínima em Psiquiatria

Considerando este espaço de discussão sobre procedimentos minimamente invasivos, gostaria de registrar aqui como vejo um link com uma prática psiquiátrica que poderíamos chamar de minimalista, assim como se fala de música minimalista.
E isto porque me parece bastante promissor pensarmos esta ética de um proceder invadindo o mínimo necessário, como uma ética que representa respeito pelo outro a ser invadido, e, de forma mais evidente na psiquiatria, também de tolerância.
E qual seria a invasão própria da prática psiquiátrica, uma vez que na cirúrgica isto está bem mais evidente?
Seria a invasão da liberdade do outro, quando muitas vezes, de modo até bem frequente em psiquiatria, somos chamados para invadir o espaço de liberdade do outro, em circunstâncias de adoecimento, sobretudo nos casos mais graves que apresentam riscos mais evidentes, fazendo-se necessário submetê-lo a tratamento enquanto é tempo.
E mesmo nestes casos é importante, ao mesmo tempo não recuarmos diante da intervenção necessária, mas estarmos regidos por esta ética da invasão mínima, pretendendo sempre causar o mínimo constrangimento, apenas o estritamente necessário para preservar e ampliar as possibilidades do paciente seguir em frente, voltando o mais rápido possível, a conduzir sua própria vida.
Neste sentido é que existe um amplo movimento de reforma da psiquiatria, buscando reduzir cada vez mais os períodos de internação, buscando a opção pelo tratamento em regime aberto ou semi-aberto, sempre que possível.
Portanto, quero reconhecer aqui, a proposta da Reforma Psiquiátrica, asim como todo o movimento pelo parto normal e natural, como pertinentes a esta lógica que poderíamos chamar de medicina responsavelmente minimalista.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Urologistas cooperados da Unimed-BH discutem mudanças nos procedimentos médicos

Os Urologistas cooperados da Unimed-BH fizeram no último dia 30/11 uma reunião na AMMG para discutir as estratégias de negociação com a Unimed-BH em relação as medidas tomadas e previstas pela Unimed-BH quanto a alguns procedimentos urológicos. As questões levantadas mais importantes foram em relação a redução de honorários médicos nos procedimentos relacionados ao tratamento endoscópico de cálculos. A estatégia da Unimed -BH de autorizar os procedimentos apenas como hospital-dia é uma medida que reduz o ganho do urologista. Outra questão levantada é a taxa criada para a ureteroscopia a laser que não atende os custos do procedimento. A não vinculação da taxa ao cirurgião ou ao profissional executante, conforme foi combinado com a prestadora na época da negociação da taxa, também dificulta o recebimento e cria problemas uma vez que o valor é repassado ao hospital. Outra questão compete à remuneração dos procedimentos laparoscópicos que não valorizam o procedimento em relação a mesma cirurgia convencional. No entanto os procedimentos laparoscópicos pagam melhores valores aos anestesistas chegando à alguns absurdos de pagar mais ao anestesista do que ao cirurgião em um mesmo ato operatório. Outro problema, é a respeito a autorização de algumas cirurgias apenas nos hospitais próprios da Unimed como a colocação de esfíncter artificial. Estas novas mudanças denotam o claro interesse da Unimed-BH de cada vez mais fechar o sistema em torno da sua rede própria e direcionar os cooperados para os hospitais e serviços próprios limitando cada vez mais a autonomia e os interesses dos cooperados e pacientes. Foi decidido pela criação de uma comissão que vai estudar mais profundamente os casos para uma tentativa de negociação com a Unimed-BH.